Com o objetivo de interligar dois países por meio de um cabo submarino de fibra óptica que passara pelo Oceano Atlântico, os governos do Brasil e Espanha se reuniram para tornar isso possível, o intuito desse projeto é oferecer serviço online e em nuvem rápido para a população de ambos os países até 2019, realçando os esforços para desviar as comunicações para fora da América do Norte.

Os cabos serão compostos por anéis de fibra blindada, assim o cabo submarino Ella Link que conectará data centers em Madri e São Paulo, assim como em Lisboa.
Arquipélagos da Madeira, Ilhas Canárias da Espanha e Cabo Verde da África ao longo da rota, também serão alcançados e ligados pelo cabo.

No decorrer do evento em São Paulo, o primeiro ministro espanhol, Mariano Rajoyn disse que a construção do primeiro cabo submarino de fibra óptica que conectara a Europa e o Brasil deve ajudar na melhoria da segurança e no aumento da privacidade dos dados, por redirecionar as chamadas e navegações pela internet para longe do alcance dos EUA.

O fortalecimento da ideia ganhou força quase quatro anos após a ex-presidente Dilma Rousseff e outras autoridades terem sido alvos de espionagem pessoal e econômica por agências de inteligência dos EUA. Com 9.200 km de extensão e capacidade de 72-terabytes por segundo o cabo submarino é cerca de sete vezes o tamanho da capacidade de comunicação existente entre a América Latina e o resto do mundo, disse Alfonso Gajete, presidente da EulaLink, um dos parceiros do negócio. Não foram dadas estimativas de custo.

A única ligação direta entre a Europa e a América do Sul é um cabo de cobre de 20 Gb colocado em 1999 por um consórcio de operadores de telefonia.

Fonte: www.exame.abril.com.br