Empresa criou gerência especial para desenvolver soluções
Enquanto as cidades selecionadas para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014 ainda batem cabeça para iniciar muitas das obras previstas, players mundiais de tecnologia tratam de se posicionar junto aos governos como fornecedores capazes de estruturar projetos inteligentes nessa área. É o caso da Motorola Solutions, que pela primeira vez criou uma gerência específica no Brasil para um projeto.
A carta na manga da empresa é o know-how na estruturação de grandes eventos, como as Olimpíadas de Atenas e de Pequim, o Pan-Americano do Rio de Janeiro e a reunião do G-8, que recentemente aconteceu na Europa. “Queremos mostrar ao poder público federal, estadual e municipal a nossa capacidade em planejar e implementar projetos desse porte”, comenta Joeval Martins, gerente sênior de desenvolvimento de negócios, Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímpicos 2016 da Motorola Solutions.
A vantagem da empresa em relação aos outros competidores, segundo ele, é a capacidade de entregar uma solução fim a fim. A oferta da multinacional envolve sistemas de radiocomunicação, videomonitoramento, RFID e internet banda larga. “Com esse portfólio é possível atender a todas as demandas por tecnologia que possam surgir em aeroportos, hotéis, estádios e também junto à polícia militar, civil e municipal”, acrescenta o executivo.
Um dos pontos-chave para a organização de um evento do porte da Copa do Mundo e das Olimpíadas, em 2016, será o gerenciamento dos aeroportos. E nesse aspecto, a Motorola aposta em soluções de RFID para melhorar a experiência das pessoas. Através de etiquetas com identificadores por radiofrequência, será possível identificar o ponto de saída das malas, garantir que elas estarão no voo certo e que serão retiradas pelo proprietário. Esse sistema já existe em alguns aeroportos na Europa e ainda não é usado na América Latina, possivelmente, pelo alto custo da etiqueta com RFID.
Uma variação desse sistema permite, por exemplo, que não faltem táxis, trens ou ônibus nos aeroportos. Martins acredita que esses projetos voltados para a Copa do Mundo e Olimpíadas começarão a tomar corpo no final deste ano e início de 2012. Martins esteve recentemente em Porto Alegre conversando com representantes da Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul (Procergs) e da Companhia de Processamento de Dados de Porto Alegre (Procempa), já que o poder público é o grande foco da estratégia comercial do fornecedor para a Copa do Mundo. “Tenho percebido no Sul uma vontade de fazer um evento memorável e uma percepção bem apurada dos gestores dessas áreas de tecnologia sobre os desafios que se tem pela frente, inclusive para conseguir deixar um legado importante para as cidades”, diz Martins.
Fonte: http://www.motorolachannelpartner.com/descargas/motorola/PDF/Jornal_do_Comercio_POA_08_06.pdf