Um ano após se separar da divisão Mobility, a área de soluções da empresa de tecnologia fechou 2011 com crescimento de 25%. A meta agora é diversificar a carteira
Promessa feita, compromisso cumprido. Há um ano, o presidente da Motorola Solutions, Eduardo Stefano, disse ao Brasil Econômico que a empresa pretendia crescer entre 20% e 25% no país em 2011. Passados 12 meses, a meta foi alcançada e elevou o nível de autocobrança da companhia. “Não esperamos aumentar menos de 25% em 2012”, diz o executivo.
O resultado foi o primeiro divulgado após a Motorola ter se dividido em duas corporações. Em janeiro de 2011, surgiram a Motorola Mobility, que produz celulares e tablets para pessoas físicas e foi comprada pelo Google em agosto; e a Motorola Solutions, focada em aparelhos para serviços em empresas e para o poder público.
Segundo Stefano, a maior razão para a performance positiva da Motorola Solutions é a enxurrada de investimentos que vem adubando a economia brasileira, em meio à crise nas nações desenvolvidas e à proximidade da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. As condições locais, de fato, fizeram a diferença: globalmente, a empresa cresceu 8%, três vezes menos que no Brasil. O pais representa 40% de todo o faturamento da companhia na América Latina.
“No Brasil, 35% da nossa produção é voltada para segurança pública”, afirma Stefano. O principal cliente da empresa nesse segmento é a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Ainda neste semestre, a companhia vai testar com o Exército um novo serviço de rede 4G.
Porém, as negociações da empresa para participar do Plano Nacional de Banda Larga não caminham com a velocidade que a companhia esperava.
Mesmo assim, o setor público representa 65% de suas vendas e os 35% restantes são para a iniciativa privada. A tendência é que essa divisão se equilibre com 50% para cada setor. “rapidez dos investimentos nas empresas tem sido maior. O governo, hoje, investe tanto quanto a iniciativa privada. Mas, ao se observar países desenvolvidos, vemos que a parcela do governo deve recuar”.
Fonte: Motorola Solutions/2012