As lições da pandemia para as telecomunicações

Em artigo ao NeoFeed, Rodrigo Abreu, CEO da Oi, aborda como as empresas de telefonia decidiram colocar a competição em segundo plano e trabalhar juntas para assegurar as conexões, um item que essencial nos dias de hoje

Com a pandemia da Covid-19, vivemos um desafio global sem precedentes, com desdobramentos críticos nas esferas global e local, gerando muita preocupação, principalmente com os mais vulneráveis, seja do ponto de vista da saúde, seja do ponto de vista econômico.

É um momento de incertezas, com cenários e hipóteses em constante alteração, e que compreensivelmente pode despertar medo em todos nós. E o medo é doloroso. Mas o medo também tem uma função positiva: ele nos protege e nos convoca à ação, para buscar soluções e ajudar as pessoas.
Esse impulso para a ação vale não apenas para as pessoas, vale também para as organizações. Nesse sentido, empresas do mundo inteiro têm sido desafiadas a se mobilizar, exercer a solidariedade e, em muitos casos, a se reinventar.

Precisam dar respostas rápidas para cada etapa da crise, o que exige agilidade e flexibilidade inéditas.
Nas empresas de telecomunicações, esse processo tem sido ainda mais intenso, dado o papel fundamental do setor no esforço de isolamento social para a contenção do coronavírus.
E, em pouco mais de alguns dias, fizemos uma verdadeira transformação no nosso trabalho diário, de modo a simultaneamente proteger a todos os nossos profissionais e a continuar a operar nossa rede e serviços com excelência, de maneira absolutamente transparente para todos os nossos clientes e usuários.

De uma hora para outra, ficou claro para todos os brasileiros o papel fundamental das telecomunicações, como serviço essencial para o nosso dia a dia em todas as situações, e mais ainda durante a atual pandemia e correspondente esforço de distanciamento social: a conectividade e comunicação são insumos fundamentais para trabalhar, estudar, ter acesso à informação, divertir-se e estar perto das pessoas queridas – nesse momento em que boa parte do tempo a distância física é compensada pela proximidade digital.
Durante este período de confinamento, é a rede que mantém a sociedade funcionando e viabiliza os demais serviços essenciais. Ela é o recurso que temos para minimizar o impacto da crise na economia e também nas nossas mentes. E é esse o tamanho da responsabilidade de todo o setor neste momento.

Durante este período de confinamento, é a rede que mantém a sociedade funcionando e viabiliza os demais serviços essenciais.

Dada a magnitude da situação, as empresas de telecomunicações decidiram colocar a competição em segundo plano e trabalhar juntas para assegurar as conexões de que precisamos para combater a propagação do coronavírus. É um esforço coletivo inédito para manter a operação das redes fixas e móveis, garantindo que milhões de brasileiros continuem tendo acesso à internet e aos demais serviços de comunicação com qualidade e efetividade.
Mas não basta a união. Para trabalhar em colaboração é preciso também ter estratégia e coordenação. Assim, assumimos o compromisso de priorizar a estabilidade da rede como um todo, como uma grande engrenagem, que depende do empenho de todas as operadoras em apoio mútuo. Também pactuamos uma série de medidas emergenciais, tais como:

– o alinhamento pleno com os órgãos governamentais e a Anatel;
– a manutenção da rede para garantir serviços essenciais;
– o esforço de conexão emergencial de Unidades de Saúde Básicas por todo o país;
– a disponibilização de meios para a habilitação do serviço 196 do Ministério da Saúde para acesso da população a informações sobre o Coronavírus;
– o acesso gratuito a conteúdos de conscientização da população;
– a concessão de bônus de velocidade e franquias de dados adicionais para usuários pré-pagos e pós-pagos;
– a flexibilização de tratamento de casos de dificuldade de pagamento pelos usuários;
– a ampliação do uso de canais digitais para atendimento;
– a adaptação do ambiente de trabalho para proteção dos nossos profissionais;
– e, por último, mas não menos importante, a oferta de entretenimento acessível para as pessoas em suas casas.
Esperamos, dessa forma, ajudar a todos a manter um pouco de serenidade para encarar o isolamento da melhor forma possível.

Esse cuidado com as pessoas é o que tem norteado todo o trabalho da Oi desde o início da crise, permitindo que boa parte dos mais de 200 milhões de brasileiros possam ficar em casa, como recomendado pelos órgãos de saúde, e permitindo também que aqueles que não tem esta opção possam se manter conectados, em segurança, com acesso aos serviços e informações disponibilizados.

Neste momento, essa é a nossa grande missão e é para isso que seguimos trabalhando intensamente, mesmo que boa parte de nós (mais de 70% dos profissionais da empresa) esteja atualmente trabalhando de maneira remota (home office). Como tenho dito aos meus colaboradores: trabalho é o que nós fazemos, e não onde nós estamos. Essa é uma das muitas lições que certamente vamos levar desta crise.

Com o nosso trabalho para garantir a conectividade e comunicação – de que tanto precisamos para superar este momento e permitir que voltemos o mais rápido possível à normalidade – temos a chance de colocar em prática nosso propósito de empresa cidadã, que tem o cuidado com as pessoas como seu maior ativo e inspiração. E como também tenho dito bastante a nossos profissionais nesses momentos difíceis que vivemos: isso também vai passar.

Fonte: https://neofeed.com.br/blog/home/as-licoes-da-pandemia-para-as-telecomunicacoes/https://neofeed.com.br/blog/home/as-licoes-da-pandemia-para-as-telecomunicacoes/https://neofeed.com.br/blog/home/as-licoes-da-pandemia-para-as-telecomunicacoes/